Os biorresíduos fazem parte do nosso dia-a-dia, quando deitamos fora os restos da preparação dos alimentos e os restos de comida e compõem, em média, quase 37% do nosso caixote do “lixo comum”.
A Estratégia dos Biorresíduos tem como objetivos:
• Garantir uma transição para a recolha seletiva de biorresíduos e a utilização da capacidade instalada de compostagem e de digestão anaeróbia, substituindo-se progressivamente as origens de recolha indiferenciada;
• Promover a utilização do composto resultante da valorização dos biorresíduos;
• Promover a instalação de equipamentos que permitam a recuperação do biogás proveniente das instalações de digestão anaeróbia.
Esta estratégia inclui medidas orientadas para assegurar a recolha e o tratamento dos biorresíduos, para melhorar o quadro regulamentar e para garantir incentivos à sua implementação.
O salto quantitativo e qualitativo exigido pela recolha seletiva de biorresíduos, valorização e uso dos produtos gerados é um desafio substancial com um prazo muito curto, mas com vários impactes positivos, diretos e indiretos:
• Redução de quantidades de resíduos depositados em aterro por via indireta;
• Redução dos odores nos aterros;
• Melhoria da qualidade dos materiais triados nas linhas mecânicas;
• Produtos com alto valor acrescentado (composto, corretor orgânico, gás);
• Empregos verdes;
• Envolvimento da comunidade (compostagem doméstica e comunitária, agricultura familiar);
• Redução da importação de matérias-primas para a agricultura;
• Melhoria da qualidade do solo (retenção de água, nutrientes, carbono).
A prevenção e a recolha seletiva dos biorresíduos contribui para o cumprimento de metas europeias de desvio ou de reciclagem, bem como para a ambição do país em termos do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, do Plano Nacional de Energia e Clima, da futura Estratégia Nacional de Bioeconomia, sem esquecer os impactes associados à criação de emprego.